terça-feira, 10 de agosto de 2010

A Banalização do Evangelho.


Vivemos numa realidade em que o Evangelho tem sido banalizado por alguns líderes de igrejas, onde isso tem sido motivo de vergonha para os verdadeiros cristãos.
É muito comum ver nos noticiários do nosso país pastores sendo acusados de atos desonestos com o povo e ver o tamanho desgosto das pessoas em conhecer e seguir o Evangelho puro que Jesus Cristo nos deixou nesse mundo. Infelizmente a igreja não é mais vista como uma instituição santa e que presta solidariedade para as pessoas, e sim como uma organização que movimenta bilhões de reais por ano onde nisso há corrupção e falta de honestidade entre seus líderes.
Com toda essa banalização nós como verdadeiros cristãos não devemos nos conformar com essa realidade que vem entrando em nossas igrejas, temos que criar movimentos e agir diante dessa situação que nos envergonha a cada dia. É hora de se levantar e fazer a diferença e mostrar para o mundo que somos uma igreja santa, uma instituição de Deus aqui na Terra sendo um exemplo para a nossa sociedade e acabando com esses falsos líderes religiosos que usam o nome de Deus enganosamente.

Teologia da Adoração


Allen, Ronald; Borror, Gordon. Teologia da Adoração. 1 ed. São Paulo: Edições Vida Nova, 2002.
Allen é teólogo do Antigo Testamento e Borror é um músico cristão, onde ambos se uniram e escreveram este livro.


O verdadeiro sentido da adoração na igreja, é o que trata o livro Teologia da Adoração, através de uma linguagem simples e com exemplos do dia-a-dia. O livro resgata o verdadeiro sentido da adoração que de modo geral nos dias de hoje vem sendo esquecida pela igreja presente e com isso abordam de forma ampla do que ela é capaz e qual a melhor forma de compreender melhor este assunto.
Na primeira parte do livro os autores nos definem realmente o que vem ser a adoração, onde de forma simples resumem em apenas uma palavra “celebração”. Resgatam a essência da adoração de verdadeiramente celebrar com magnificência a Deus e atribuir a Ele toda glória que é devida. Quando a arte é usada para fins de adoração ressaltam a importância de o coração está nela, pois se isso não ocorre de nada adiantam, mas em contrapartida disso a arte e adoração podem caminhar juntas desde que tenhamos um anseio sincero por Deus e saber conduzir de forma sábia para que a arte seja usada para refletir a beleza e criatividade de Deus e fazendo com que adoremos a Ele em espírito e em verdade onde essa é realmente é a verdadeira adoração desejada por Deus. Em um dos capítulos eles nos atenta a algo importante que muitas vezes tem afetado a igreja onde a falta de adoração é um sintoma; a falta de verdadeiros adoradores é a raiz do problema. Vemos que a adoração deve ser um estilo de vida e quando adoramos á Deus Ele deve reagir a esse ato. Mas nada adianta se não tivermos a mesma forma que Cristo teve na terra, devemos ter nossas atitudes todas espelhadas nele e assim haverá a verdadeira adoração que Deus requer de nós, mesmo quando não praticada em coletividade e sim sozinho devemos á todo momento agradar a Deus, pois isso é um ato de adoração. Mas lembrando que somos responsáveis perante Deus como indivíduos, mas nossa adoração é melhor quando estamos reunidos.
Na segunda parte do livro os autores abordam como deve ser feito o programa da adoração onde deve haver equilíbrio e planejamento. O equilíbrio deve haver na tripla prioridade do ministério não podendo de forma alguma uma parte ser investida, mas que a outra, pois quando de fato isso ocorre consequentemente haverá um fracasso fazendo com que a igreja e sua missão percam o equilíbrio e não supram as devidas necessidades do ministério. No planejamento da adoração deve haver liberdade porém baseados em um planejamento bíblico para maiores resultados.O Espírito Santo é quem dirige a hora determinada para a adoração e é capaz de dirigir os lideres de adoração sensíveis em seus momentos de planejamento.Deus não anseia apenas no que é feito mas também como é feito os cultos de adoração nos levando a ter a atitude de adoração de celebrar com alegria e reverência a Deus e ser fiel nas atitudes para que sejamos reconhecidos como verdadeiros adoradores a que Deus procura. A beleza de Deus deve declarar a glória de Jesus tanto na adoração pública quanto na adoração particular de seus feitos. Devemos ser templos de Deus para que Ele seja reconhecido em nós.
Na terceira parte os autores apresentam os aspectos da adoração e refletem a expressão do amém que é muitas vezes usada de forma errônea, mas definem que é o mesmo que dizer sim para Deus e isso não pode ser banalizado, porém deve permitir que introduza no meio do nosso povo, unindo-nos em forte afirmação da glória de Deus. A adoração sincera é o desejo de Deus para todos os aspectos de nossa vida, tanto pessoal como coletiva. A atitude do coração não exclui os atos físicos na adoração, pois não somos seres apenas espirituais somos pessoas que possuímos realidades físicas e pessoais. Com isso as expressões externas refletem uma realidade interna de humildade e gratidão a Deus. No louvor mais uma vez é lembrado como um ato do coração. Devemos aplicar nosso coração quando adoramos e louvamos, pois isso é uma forma que Deus criou para nos expressarmos Ele e aos nossos irmãos e que isso deve ser usado inteiramente para render louvor e honra ao nome Dele. Os autores também relatam os aspectos dos ambientes que também influenciam nas atitudes do coração e deforma descritiva relatam elementos importantes para o ambiente da adoração adequando corretamente as boas maneiras, a atenção e a aparência refletindo assim o conceito de Deus e seu povo por esses meios não verbais. Os autores concluem de forma abrangente que a adoração deve ser um estilo de vida e que deve ser praticada em coletividade para assim entender o verdadeiro significado da adoração.
Vemos nesse livro que os autores em todo tempo se basearam nos conceitos bíblicos e nos levaram a ter uma noção do que é a verdadeira adoração. De uma forma bastante abrangente e simples eles envolvem todos aspectos da adoração desde nos atos interiores como nos inferiores e que certa maneira nos influencia a ter uma vida de verdadeiros adoradores e termos um significado certo da adoração. Com certeza esse livro deveria de ser lido por todos aqueles que fazem parte da igreja e almejam uma vida de santidade ao Senhor, pois os atos da adoração refletem um compromisso intimo que temos com Deus.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Li e Gostei


Meu compromisso com a vida
por Ricardo Gondim


Olho para o passado com lascas de nostalgia e pontas de melancolia. Caminhos que nunca trilhei hoje parecem bem mais fáceis. Amores que exigiram coragem voltam a me seduzir para me deixar ainda mais triste. Aventuras que nasceram de narcisismos e falsas onipotências reclamam explicações; como justificar tanto delírio? Não, não pretendo remontar passado. Desisto de qualquer tentativa de ressuscitar o que jaz sob o lajeado da decepção.


Para refazer meu compromisso com a vida, abandono o rigor de um humanismo idolátrico. Não idealizo as iniciativas ideológicas. Sei que toda instituição convive com o germe de sua própria inutilidade. Também não me prostro no altar do niilismo; descreio da capacidade humana de erguer-se pelos próprios cadarços. Meu existencialismo é frágil, carregado de suspeita. Minha religião, cheia de decepção. Minha ideologia agoniza debaixo dos escombros da modernidade.

Para refazer meu compromisso com a vida, largo na beira da calçada as metas-narrativas. Desconfio dos projetos globais. Incoerência entre discurso e prática me desesperam. A incapacidade de vertebrar o que acredito de coração me enoja. Criei cismas. Rio por dentro; é meu jeito de sobreviver aos ufanismos que tanto me irritavam no passado. Sei que preciso aniquilar os fantasmas que me deixaram com a sensação de ser um deus.

Para refazer meu compromisso com a vida, desisto de tentar levar a ferro e a fogo qualquer coisa. Erros me fizeram bem. Boas ações me arruinaram. Amigos me entristeceram. Desconhecidos me acolheram. Quando planejei, empaquei. Por outro lado, inesperadamente a vida deu certo sem planejamento. Sofri também com pecados. Paguei um alto preço por ser indolente. Mas, incrível, quando deixei para o dia seguinte o que deveria fazer hoje, foi bom.

Para refazer meu compromisso com a vida, quero ser leve como a pluma que escapou da asa do cisne, denso como o ruço que cobre a madrugada, escuro como a noite tropical sem lua, e transparente como o mar do Mediterrâneo. Hei de aprender a não discursar. Almejo ser mais enfático mas só em ternura; mais brando em afirmações. Pretendo rearrumar minha oratória. Quero voltar a olhar para o nada, como as crianças; a entrecortar frases com longas pausas, como os monges; a ritualizar os instantes, como os namorados.

Para refazer meu compromisso com a vida, espero envelhecer sem casmurrice. Acolher as doidices dos jovens, lembrando de como as minhas faziam sentido. Celebrar cada manhã como uma ressurreição. Aguardar o pôr-do-sol como uma grávida anseia pelo primeiro choro do filho. Plácido como um lago entre duas montanhas, espero encarar a morte. E que não reste nenhuma nesga de frustração em minha alma. E que eu descanse no sábado final com um sorriso maroto, sorriso de quem foi embora dizendo: valeu viver.

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